Relatos de parto

MATEUS

Catarina & João Felipe

Sou portuguesa e em Portugal não existe este costume cultural da cesárea, por isso procurei quem me pudesse apoiar a fazer o parto normal.

Foi-me sugerido um médico que apoiava o parto normal, mas como o Mateus estava previsto nascer em época de Carnaval, ele foi insinuando que se calhar não iria estar disponível para mim. Assim, e para que não fosse submetida a uma "cesárea urgente" de última hora só para não interferir com as férias do médico, decidi procurar outra solução - Encontrei o Núcleo Bem Nascer!

O meu obstetra foi o Dr. Sandro, que me acompanhou em permanência e me deu apoio incondicional durante todo o processo. Tive uma gravidez tranquila, tendo tido no final diabetes gestacional - mas como tinha uma dieta alimentar cuidada e praticava esporte todos os dias, foi fácil manter tudo controlado. 

O Mateus não quis nascer na sua DPP e então estávamos decididos a esperar que chegasse às 41 semanas. Contudo, após dois episódios em dias seguidos de pressão arterial elevada, decidimos induzir o parto nesse mesmo dia, com receio que algo já não estivesse tão bem pois eu sempre tive pressão bem baixa, tendo ficado ainda mais baixa durante a gravidez - internei na maternidade da Unimed no dia 12/03 às 20h00.

A indução começou com misoprostol (utilizamos dois comprimidos vaginais em 6 horas) e terminou com ocitocina  intra-venosa - aí sim, às 07:00, as águas romperam e começaram as contrações! 

Como tive a sorte de ficar numa suíte PPP, pude ir dilatando e aliviando a dor em todos os apetrechos disponíveis na suite: a bola, o chuveiro, a banheira, o baloiço, etc... No entanto, aos 9 dedos (cm) de dilatação, pedi que me fosse dada a peridural, pois estava muito cansada e me sentia sem forças e sabia que tinha de ter reservas para a fase de expulsão - e assim foi! A epidural deu um alívio imediato que me permitiu encarar com um novo fôlego a última fase - a expulsão.

Mateus nasceu dia 13/03, às 11h03, no banquinho, com 50cm e uns incríveis 3,950kg!! Quando o tive nos meus braços percebi que tudo tinha corrido bem e estava maravilhoso porque tinha tido a melhor equipa que uma pessoa poderia desejar: o omnipresente, amável, incansável e tranquilo Dr. Sandro, o seguro e assertivo Dr. Renato, a mágica e "companheira de dor" a Doula Daphne e o apoiante nervoso e carinhoso do meu marido! Todos foram fundamentais e senti que nenhum deles poderia estar ausente, pois só em conjunto funcionávamos em sintonia!

Falo por mim e pelo meu marido quando digo que adorámos, adorámos, adorámos...amámos toda a experiência e certamente repetiríamos tudo igual! Sabemos que estivemos em excelentes mãos, fomos ouvidos e respeitados e, acima de tudo, sabemos que partilhámos com as pessoas certas um dos momentos mais importantes das nossas vidas!

Obrigado Núcleo Bem Nascer!

A nova família Catarina, João e Mateus Henriques