Relatos de parto
Elisa
Relato de Parto
Letícia e Jonathan
Conheci Dra. Avelina através da indicação de uma grande amiga. Lembro-me de ter ligado para marcar uma consulta ginecológica e nesta consulta falar da minha intenção de engravidar apesar de estarmos vivendo a pandemia. Não demorou dois meses e estávamos grávidos. A gestação evoluiu muito bem, mas lembro-me de ter falado na primeira consulta do pré-natal a minha intenção de um parto ser pela via Cesária pois tinha muito medo da dor e Dra. Avelina com toda calma me disse: “Vamos deixar as coisas acontecerem ainda temos um longo caminho pela frente”. A gestação evoluiu muito bem, mas durante fui afastada do trabalho pela pandemia e tive a oportunidade de poder estudar muito sobre tudo em torno da gestação inclusive as vias de parto e após percebi que a via natural seria o melhor para meu bebê e para mim. Durante a gestação por indicação da Dra. Avelina comecei com a fisioterapia pélvica na equipe maravilhosa da Sabrina Baracho que me acolheram desde o início e me prepararam para que independente da via de parto aquele momento muito importante e feliz. Durante esse processo de conhecimento tive a oportunidade de conhecer a através das redes sociais a minha queria doula Rebeca que foi minha grande incentivadora para que meu parto fosse uma experiência muito positiva. No dia 17 de julho acordei diferente, senti uma vontade de dançar e estava me sentindo muito feliz neste dia, havia marcado uma sessão de acupuntura para ajudar no trabalho de parto e estava com 39 semanas e 6 dias ansiosa pelo momento estar próximo e aflita pois Dra. Avelina iria viajar naquela semana e gostaria muito que estivesse presente naquele momento pois me acompanhou durante 9 meses. Durante a sessão senti a primeira contração dolorosa mas fiquei achando que poderia ser apenas uma contração de treinamento apesar de estar um pouco diferente daquelas contrações que me acompanharam durante a gestação. Às 17:00hrs veio outra contração, depois outra mas estavam espaçadas. Às 19:00hrs meu esposo Jonathan estava assistindo o jogo do Atlético quando as contrações começaram mais ritmadas, ele achou que era brincadeira e não levou a sério continuou vendo o jogo, mas naquele momento sabia que meu trabalho de parto estava começando. Logo após comunicamos a Dra. Avelina que foi nos orientando. Nesse momento fiquei deitada ouvindo algumas meditações criadas pela minha cunhada e pela minha fisioterapeuta. Às 21:00 as contrações ficaram bem intensas e comunicamos a Rebeca para que ela se deslocasse até minha casa pois minha intenção era ficar em casa o máximo para que não ficasse tão ansiosa no hospital. Assim que a Rebeca chegou começamos com os métodos naturais para alivio da dor juntamente com a ajuda do meu esposo que ficou ao meu lado durante todo o processo. Fomos para o chuveiro e fiquei por lá mais de 3h até quase o chuveiro queimar. Durante a madrugada Rebeca chamou a enfermeira obstetra Júlia para que pudéssemos nos acompanhar nesse processo também. Às 3:30 do dia 18 julho Julia fez o toque e já estávamos com 7 para 8cm de dilatação e poderíamos nos deslocar para o hospital onde Dra. Avelina estaria à minha espera. Chegamos a maternidade Neocenter às 4:00hrs e lá continuamos com os métodos naturais de alivio de dor e tive a oportunidade de ouvir muitas mensagens de áudio gravadas pela nossa família e nossos amigos para me encorajar a não desistir e como todos estavam ansiosos pela chegada da Elisa. Às 6:00 cheguei aos 10cm de dilatação, mas a bolsa ainda não havia rompido estava no meu limite de dor e exaustão, foi então que perguntei para Dra. Avelina quais eram as opções e ela me deu duas opções. Uma delas seria romper a bolsa e ir para o processo expulsivo e segunda opção seria uma analgesia, romper a bolsa, descansar e assim que as contrações retornarem eu ir para o processo expulsivo. Optei pela segunda opção pois já estava há mais de 12hrs em trabalho de parto e muito cansada. Recebi analgesia, a bolsa foi rompida e durante duas horas descansei, alimentei, dancei, brinquei e as contrações voltaram com forte intensidade e naquele momento sabia que começava meu processo expulsivo foi um misto de alegria e felicidade, já sabia que a melhor posição seria o banquinho pois já havia treinado bastante na fisioterapia e assim ela nasceu no dia 18 julho às 12:10 com 40 semanas de gestação. Elisa não chorou, nasceu soluçando e com os olhos bem abertos e observando tudo ao seu redor e foi direto para meus braços e eu curti muito nossa Golden hour. Naquele momento nascia além da Elisa, meu maior amor, uma nova Letícia muito mais forte e guerreira e o sonho de se tornar mãe se materializava ressignificando minha vida, um amor sem limites que transborda. Só tenho a agradecer as pessoas que estiveram ao meu lado. Meu marido que foi presente durante a toda gestação e que foi maravilhoso no momento do parto, a Dra. Avelina por todo carinho durante os 9 meses e ter me proporcionado uma experiência maravilhosa e hoje sinto saudades dos encontros mensais, minha Doula Rebeca que foi incansável ao meu lado sempre com palavras de carinho e incentivo. Minha fotógrafa Cintia que registrou com carinho este momento e dará oportunidade para Elisa conhecer sua história, e a todas as pessoas que de forma presencial ou em orações nessa caminhada. Hoje posso dizer que sou completa que Elisa me transformou em uma pessoa muito melhor!