O Brasil registrou o ano passado 56,7% de cesarianas, o que é considerado pelo Ministério da Saúde, uma epidemia de cesáreas. Mais da metade dos nascidos em 2013 nasceram via cirúrgica, grande parte delas, desnecessárias. Segundo a Organização Mundial de Saúde, apenas 15% das mulheres demandam cesarianas. Neste caso, 41,7% delas seriam cesáreas eletivas, feitas por eleição, por escolha de mulheres e médicos. Questiona-se as consequências na vida da mulher e da criança. Muitos bebês estão sendo retirados do útero prematuramente, com 38 semanas, acabam nascendo com pulmões imaturos, vão para incubadoras e levam vida afora problemas pulmonares. Sem falar dos impactos psicólogicos e emocionais para os envolvidos. Quando a cesárea é necessária, é uma benção! Ninguém contesta, mãe alguma contesta uma cesárea necessária. A pergunta é: podemos negar à criança o direito de nascer segundo a fisiologia do ser humano? Questões sociais, ecológicas, filosóficas e éticas norteiam esta discussão. A boa notícia é que a UNICEF se uniu ao movimento pela humanização do parto e nascimento, dando destaque para uma das Metas da ONU para o Milênio - a de número 6 - diminuir o número de cesarianas. Mais um elo na corrente do Bem Nascer!