"Toda gravidez é única" - Cobertura da última edição do 'Curso de Preparação para o Parto Humanizado"

16/06/2015
O Núcleo Bem Nascer volta com as palestras em agosto.

Carla Sofia Alvarenga Viana Caricatti, mãe de Arthur e Heitor, relatou para os casais presentes na última edição do ‘Curso de Preparação para o Parto Humanizado’ sua experiência no nascimento dos filhos, o primeiro num modelo mais tradicional e o segundo, natural,  assistido pela Dra. Avelina Sanches, do Núcleo Bem Nascer. Um momento emocionante. Alguns casais participaram das quatro palestras dos semestre e brincavam que teriam que receber um diploma. No dia 10 de junho, na Associação Médica de MG foram tratados os temas: ‘Psicologia da Gestação’, pela psicóloga Renata Duailibi, ‘Cuidados no Pós-Parto’, por Dra. Avelina Sanches e ‘Aleitamento Materno’, por Dr. Sandro Ribeiro.

O Curso retorna em agosto, mensalmente, e vai até novembro. No início do Curso, a doula Vanessa Aveline conversou com os casais, que tiveram a oportunidade de se apresentar. Em seguida, Carla Sofia – o pai é Humberto Caricatti Bezerra – fez o seu relato e emocionou os presentes.

É da natureza!

“Heitor nasceu dia  1º de maio de parto natural, experiência maravilhosa, inexplicável. Estive no lugar de vocês há um mês e meio e vi como é importante, pode ajudar cada um de vocês a ter capacidade de escolha.

Meu primeiro parto foi normal. Entrei em trabalho de parto, a bolsa rompeu, minha médica disse para colocar a roupa e o sapatinho do hospital e tirar os acessórios.Senti as dores, tomei anestesia; a recuperação foi tranquila. Arthur hoje tem seis anos. Não tive nada, não enjoei, não fiz repouso

Novo bebê. Fiquei grávida começando novo empreendimento no trabalho; viver, levar adiante, a realidade nunca é como você imagina. Logo no inicinho comecei a ficar de repouso. Susto danado!... Superada esta fase, comecei a ter contração e a tomar medicamentos, não podia viajar, renda menor. Não foi uma gravidez fantasiosa. As mulheres me perguntavam: seu marido beija sua barriga? Nem sempre é um conto de fadas. Não me achava legal,  sentia-me cansada, talvez por estar mais velha, acabei fazendo repouso. Fiquei dependente de meus pais.

Conversei com Dra. Avelina, ela começou a falar em parto humanizado, não me preparei, não sou naturalista. Como seria isto? Comecei a conversar em casa, não fiquei me programando, deixaria fluir para ver se eu podia. A gente pode tudo. Nascemos para ter bebê. Tinha a sensação de que poderia, queria deixar acontecer. O que tiver que ser, vai ser. Minha mãe me acompanhava, estava sempre presente. Dizia, por que sentir dor? Meu marido, a mesma coisa. Você fica inventando moda! Com os colegas, ouvia: será que é seguro? Tem corte?

Dra. Avelina me entregou o ‘Plano de Parto’ e foi realmente aí que vi como seria aquele momento. Pensei, eu vou querer para o meu parto. Meu marido viaja muito. Perguntei para minha mãe o que achava. Ela dizia: pra que sentir dor atoa?  Aí,  Dra. Avelina me indicou a doula Lena (Rúbia). Com 35 semanas a conheci. Comecei a me preparar para este momento. Na sexta, Arthur nasceu, às 19 horas.

Pronto, vai nascer!

Na quinta, na casa da minha mãe, a bolsa rompeu. Pronto, vai nascer, vai ser hoje. Respirei fundo, tanto no primeiro como no segundo filho fiquei tranquila. Liguei para Avelina, que me pediu para ir para a Maternidade Santa Fé. Tomei  banho e fui. Dr. Sandro me examinou: “a bolsa rompeu, mas está tranquilo”, disse. A maternidade estava lotada com muita cesárea agendada. Meu filho ia nascer prematuro, precisaria de uma UTI. Será que vai dar para ser parto natural? No Santa Fé não tinha vaga, no Vila da Serra ouvi de um médico que só atenderia se o menino estivesse escorrendo pela perna. As mulheres estavam internadas esperando pela cesárea. Tem que ser repensada esta questão da cesárea. Cesárea para facilitar a vida do médico, prejudica o menino, nasce prematuro...

Surgiu vaga na Maternidade Santa Fé. Minha mãe e Lena foram para lá. O marido foi avisado. Fui para a maternidade, a bolsa rompeu, tinha água descendo pelas minhas pernas, coisa natural, não vi nada disso no primeiro parto. Você não vê o que está acontecendo. Fui para a suíte, lugar aconchegante. Lena colocou uma luzinha. Meu pai não queria ficar no quarto, queria ficar lá fora. Eu andando pelo corredor vi meu pai cochilando, chamei-o para entrar. Ele estava ressabiado, disse a ele: está tudo normal aqui.

As contrações começaram a vir, tão naturais! Tão gostosas! Parecia que estava lá para conversar. Meu pai fez compras – suco, picolé - e ficamos conversando como eu era, como minha mãe era. As contrações começaram a apertar. A gente não está aí para sentir a dor, mas para ganhar o bebê. A sensação que ele está ali. Contrações aumentando, Lena ajudando. Não faço exercício, pensava, com barriga não vou conseguir agachar. Pois agachei. Quando a dor vai embora, é uma sensação maravilhosa. Minha mãe começou a interagir com aquilo - eu sentada na bola, recebendo   massagens, cheirinho no ar, parecia que eu estava em um SPA. Começaram a vir contrações mais fortes. Lena disse: abra a boca e solta o A aaaaaaaa, ajuda no trabalho de parto. Ela também fazia. Faz igual a velha da praça aaaaaaaa, eu começava a rir. Momento muito prazeroso! Fomos para o chuveiro, agachamento. Fomos para a banheira, 7h56, foi muito acelerado o processo. A Lena olhava para mim e eu para ela. Quando a dor vai embora, é maravilhoso! Vivenciem. A gente sente uma segurança de que vai dar certo. Conectei com ele, que queria nascer. Vi o que estava acontecendo no meu parto, no primeiro não senti, foi descendo a cabecinha dele, gente, que loucura!

Saí da banheira, fui para a banquetinha, foi meu apoio fundamental. O   vínculo relatado quando o pai corta o cordão, aconteceu com meu pai e minha mãe. Será que eu vou conseguir? Minha  mãe falou:  - Já to vendo a cabecinha, corre corre Carla, vai dar certo. Meu bebê está nascendo e eu to fazendo isto. A sensação quando ele sai é maravilhosa. Avelina pôs no meu peito. Quando vi aquilo tudo, não tinha palavras. Ficou um tempo comigo. Importante deixar o cordão parar de pulsar, meu pai cortou o cordão. Avelina falava:-  parto lindo! É lindo mesmo, é coisa da natureza, nos fortalece como mulher. Renasci como mãe. Sou uma mãe diferente, talvez pela idade, a maturidade, mas também pelo parto.  Vale à pena, é maravilhoso, a recuperação é fantástica! No outro dia estava super bem, nem parecia que tinha tido um bebê. O Heitor, que achei ótimo, não foi ótimo. É possível sair andando, é da natureza.

A gente é capaz!

Depois que o bebê nasce veio uma outra contração e eu vi a placenta. É muito legal, é natureza. Gratidão à Avelina por perceber que é possível, à Lena, que me incentivou, à minha mãe, espetacular, muito minha amiga, meu pai. Anunciei: vai ser o padrinho. Vejo que a ligação deles com o Arthur ficou diferente. É uma coisa que eles nunca tinha visto, nunca tinham presenciado,  um parto natural. É um presente.  Se tiverem oportunidade, vivenciem este momento, esta conexão com o céu, ver o instinto; depois desta experiência estamos prontas para tudo.  A gente pode, a gente é capaz.

Depois do nascimento, Arthur ficou 7 dias internado, pois nasceu prematuro. Estou amamentando; no hospital ordenhei e tive muita força de vontade. É difícil, no início é muito complicado, o peito empedrou. Tem que ter cuidado com a descida do leite. Enquanto ele estava no CTI, fui para casa. Meu peito enchia mesmo com ele longe. É uma conexão maluca, tudo é aprendizagem. Seu corpo está pronto para amamentar. Quando voltamos para casa, decidi, hoje ele vai mamar. Fiquei sozinha e ele mamou. É uma coisa maravilhosa! Engordou um quilo em menos de um mês.

O ambiente da suíte é muito agradável, não parece que é um hospital, tem um banheiro, uma banheira. A banheira tem luz azul e rosa. É muito aconchegante. Você se sente à vontade. É tão gostoso que dá  vontade de ficar lá depois parto”.

 Toda gravidez é única

No ponto de vista da Psicologia, não dá para pensar numa gravidez igual a outra. Cada criança tem uma história própria que vem dos pais. Até a escolha do nome tem um significado” – explicou a psicóloga Renata Duailibi ao iniciar sua palestra – “enquanto ele é imaginado, ele já tem uma história e esta história é única. Cada criança traz um sentido para todos, para a mãe, para a sogra, para a avó, para toda a família”.

Segundo Renata Duailibi, na palestra   ‘Psicologia da Gestação’ “gravidez é um evento de crise. Na Psicologia crise não é considerada ruim, mas um período de mudança,  sai de um papel de mulher para um estado de mãe. O corpo e o psiquismo se reestruturam dentro desta nova situação, a gravidez.”

“Abrir espaço para uma nova mãe. Nasce uma mãe e há um processo de crescimento junto com o bebê. Tem pai que só nasce com o parto, tem pai que nasce depois. Às vezes, a ficha custa a cair. É um processo de formação da maternagem. Ao participar de cursos como este, das rodas de conversa, a ficha cai mais fácil”, garantiu.

Ressaltou: “é Importante a escuta das particularidades, ouvir as mães, quais são seus medos, escutar de maneira imparcial para viver de forma especial e intensa este momento”.

Característica de cada trimestre

1º Trimestre: “Até a 12ª semana há a constatação da gravidez, um vínculo abstrato da mãe com o bebê; ela só o viu pelo exame de sangue e  ultrassom. Gravidez é pouco visível, não vou contar ainda, incerteza e ambivalência. Será que vou ficar muito feia? Será que meu marido vai continuar a me achar bonita? Ele vai ter saudade do TPM, ela chora, ela enjoa, ela vomita, ela tem sono, tudo para lembrar que está grávida. É o inicio das mudanças no corpo. Tem outras responsabilidades. Agora é dois”.

2º Trimestre: “Período em que a mulher fica mais feliz. Está grávida para a sociedade. Ela sente os movimentos fetais, começa a preparar o quartinho. Pode ficar em lugares preferenciais no ônibus, ir à frente nas filas dos bancos. Percebe uma oscilação na libido, mulheres e pais podem ficar com medo de machucar o  bebê.

Elas concordam

Jordânia Maciel Cabral e Daniel Cabral esperam o filho Samuel.  Estão de 24 semanas e são  clientes da Dra. Alessandra Cotta. Ela comentou: “Eu como kiwi, ele mexe. Estes  dias eu comi, ele não mexeu. Fiquei preocupada.  Só mexeu depois de 4 kiwi”. A plateia achou graça.  Jordânia quer ter “parto natural, que seja de forma tranquila.Estou muito confiante no trabalho da Dra. Alessandra, ela já está me acalmando”.

Fabiane Brandão, cliente da Dra. Avelina Sanches, está com 23 semanas e compartilha das preocupações de Jordânia: “Momento que gera muita ansiedade. Bebê não ta mexendo. Desespero,  estou doida pra nascer logo. Só eu que me preocupo com o enxoval. Meu marido (André) responde: não preocupa, vai dar tempo. A neura  é desesperadora. Converso muito com meu bebê. Vou trabalhar vou orando, que venha na hora certa, que seja bom para ele”.

Renata Duailibi informou que existem estudos sobre isto, “a mãe fala, o filho responde”.

“Vim em todas as palestras – contou Fabiane - estava sem ginecologista e fiz uma peregrinação até chegar aqui, por indicação de uma prima. Marquei com Dra. Avelina e resolvi parar por aqui mesmo. Ela falou do site do Núcleo Bem Nascer, comecei a me envolver mais. Hoje me sinto mais consciente do que antes”.

“É interessante a troca com as mulheres. Sou marinheira de primeira viagem, ao mesmo tempo vou adquirindo confiança, Para mim hoje está sendo muito diferente. Tenho muita noção do que eu quero. Quero ter um parto maravilhoso e que não seja traumático”.

André, o pai, acrescentou: “Hoje tem que pensar numa segurança melhor da mãe e do  filho. Gostei do Núcleo Bem Nascer pela atenção, pela estrutura, me tranquilizou”.

3º Trimestre “Normalmente  aumenta a ansiedade com a chegada do parto. Não vejo a hora de ver a cabecinha dele. Gosto tanto da minha barriga, meu marido foi tão bom comigo, desejo de prolongar a gravidez. Mas está pronta para receber o bebê. Ocorrem muitos sonhos, é um inconsciente trabalhando. Neste momento, forças coexistem ganho x perda, nascimento x morte, final x início’.

“Parto é um momento maravilhoso! Para a Psicologia, é uma situação de passagem irreversível, é um processo de separação. Experiência do parto fica na memória da mãe, do pai e do bebê”, acentuou a psicóloga.

Renata terminou a palestra lembrando esta mensagem de Juahres Alves: “Quem anda dizendo que amor não enche barriga, está se esquecendo da gravidez”.

No coffee break

No intervalo, as gestantes disputam o banheiro e, depois, vão mergulhar nos sabores: bolos, pães de queijo, salgadinhos e frutas as esperam. Natália é cliente do Dr. Marco Aurélio Valadares e é a terceira vez que assiste as palestras do Curso.  “Sinto-me mais segura, mais determinada. Quero um parto respeitoso. Estou sofrendo muito preconceito. Minha irmã me chama de índia. Tenho uma irmã adepta da cesárea com hora marcada. Quer dar Nan para o nenê, imagina!”.

Muita calma nesta hora!

O tempo é curto. Os casais são chamados de volta ao auditório, onde ocorreu a palestra da Dra. Avelina Sanches, “Cuidados no Pós-parto”.

“Quero compartilhar um sentido com vocês, como mãe. Quando a gente se está grávida se programa, a gente vai ao médico, recebe a recomendações, procura se cuidar, se prepara para amamentar, cuida do períneo. E o bebê nasce. E ele  vem sem manual de instrução. De repente, mesmo com todo o preparo e informação, surge muito medo, insegurança. Noites sem dormir, rotina cansativa. Peço que tenham muita calma, tolerância, paciência, sempre aprendendo com a própria criança. Serena, escute a voz do coração, sinta seus instintos. Identifique pessoas próximas que podem te ajudar. Visitas podem esperar.Quando o bebê dormir, durma também.

 “Parto natural não tem episiotomia, nós não fazemos de rotina, fazemos suturas quando ocorre alguma laceração. Deu dicas de amamentação:

“É importante colocar o bebê para amamentar o colostro, um leite de transição. Em quatro dias, desce o leite maduro. A sucção estimula para a descida do leite. Hormônios também estimulam a sua produção. Quando mais o bebê suga, mais leite; um alimento completo até os seis meses de idade. A mãe transfere  anticorpos; o aleitamento  traz aconchego e favorece o vínculo emocional entre a mãe e o  bebê”.

Banho de sol

Avelina recomendou: tomar sol nas mamas. “Importante observar a pega correta, para que o bebê abocanhe toda a aréola e o mamilo, para evitar fissuras.  Como prevenir o ingurgitamento mamário? Massagear, fazer ordenha manual e  utilizar compressas frias. É muito importante tomar bastante líquido para manutenção do aleitamento e bom funcionamento intestinal”.

Inchaço

 “Edema é comum e pode ocorrer durante a gravidez ou até depois. É uma reorganização dos líquidos, uma descarga hormonal. Pode ocorrer, também,  uma sensação de perda de urina, é passageiro, decorrente de edema no trajeto pélvico. Podem ocorrer hemorroidas, uma alimentação mais laxativa ajuda na prevenção”.

Recomendou cadeiras confortáveis para amamentar. No quarto do bebe: controlar a luminosidade, evitar cortinas e tapetes.

Consulta pós-parto

A médica avalia na semana seguinte, acompanha a evolução; depois, a gestante retorna ao consultório em 30 dias depois do parto, para avaliar e liberar a atividade sexual. Neste momento, a médica dá orientação para os métodos contraceptivos.

Visitas – Seja breve

Para Avelina, visitas no início não são bem vindas. ”Não se pode esperar bom senso de todos. Temos que falar claramente. Dicas de etiqueta: pergunte se ela quer receber? Se ela prefere receber na maternidade ou em casa. Avise antes. Não vá se estiver doente. Ofereça ajuda. Colo e beijinhos nem toda a mãe quer. Respeite se ela sair para amamentar. Não critique sua aparência, seja breve”.

Aleitamento materno – dever ou prazer?

“Amamentação não é complementação do parto, mas continuação  do parto. Com a amamentação, ocorre um retorno mais rápido do corpo da mulher, do útero, da musculatura pélvica e abdominal. Diminui e reduz as gorduras que adquiriu durante a gravidez. É um grande exercício. A criança que mama cresce tranquila”.

Dr. Sandro Ribeiro é especialista em aleitamento materno e deu uma primeira dica importante em sua palestra: “Primeira coisa, tomar sol, de 10 a 15 minutos. Nada de passar toalha, bucha, puxar o bico. A Organização Mundial de Saúde – OMS não recomenda mais estes procedimentos há 10 anos. Não use cremes, somente no lugar onde tem pele, nada no mamilo ou na aréola”.

 “Tenho um bom aleitamento, quando tenho orientações no pré-natal”.

Comes e bebes

Não é preciso comer em dobro. Não tem que deixar de comer nada. Tem um porém,  as especiarias. Se tiver costume de tomar café demais, passa para o bebê. Se o médico recomendar reduzir a cafeína, reduza, assim como a pimenta, a canela. Não esquecer de tomar líquido, a base da produção do leite. Se  quero produzir, devo ingerir bastante, de 3 a 4 litros por dia.

Vantagens do aleitamento

“Bem estar, redução de peso, êxtase; quando o bebê acostuma com a pega é um prazer enorme”. Dr, Sandro informou: “Nenê forte; o leite é rico em ômega 3. Um estudo canadense que acompanhou 1.500 mulheres por 18 anos, constatou que o QI aumenta em bebês amamentados até seis meses. Menos incidência de infarto e colesterol ruim”.

Amamentar é um ato ecológico

Para Sandro “amamentar é um ato ecológico, menos vaca, menos CO2, sem os plásticos de bicos e mamadeiras. O leite materno é grátis. Não precisa ficar esterilizando mamadeiras”.

Alertou: “É importante ter alguém do lado orientando, empoderando, incentivando, dizendo que ela consegue, toda mulher consegue”

Deu dicas valiosas: “a sucção é que vai estimular,  independente do formato do mamilo. Uma boa pega: nenê com boca de peixinho. A mãe espera o estímulo, não é colocar o mamilo, é esperar o reflexo de abocanhadura.

Como avaliar se está satisfeito?

Ficar tranquilo depois da mamada, urinar várias vezes e ganhar peso. Fezes nem sempre saem, podem ficar até uma semana sem sair, o bebê absorve tudo.

Como limpar o seio?

Apenas com água e sabão, nada de álcool. Sabão só uma vez por dia. Ele tira a oleosidade que funciona como protetora. Sempre esvaziar a aréola antes de amamentar.

Calma

A calma é muito importante. Você consegue comer um marmitex com o ônibus lotado?

Leite nunca é fraco.

“Chá e água só por meio da mãe, passa tudo para o menino. Mamadeira é sempre um motivo para largar o peito, ele suga com menos energia. O nenê quando amamenta fica com a cabecinha toda molhada como se tivesse jogado uma partida de futebol, gasta muita energia”.

“Amamente em  livre demanda. Barriguinha com barriguinha, boca de peixinho. Dê colo. Quando ele nasce, quer ficar perto da mãe. Bebê na barriga não tem fome, frio, calor. Vai experimentar estas sensações depois do corte do cordão. Até então, está vinculado à mãe. Na primeira semana, não tem que impor horário. Depois de amamentar, entregue ao pai para arrotar. Recomendação: amamentar até seis meses no mínimo. Olhar da mãe e sucção liberam ocitocina e prolactina, concluiu.

 

 

 

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