Nos últimos dias as páginas do Facebook ficaram repletas de mulheres e profissionais – enfermeiros obstetras, médicos obstetras, doulas – que postaram fotos mostrando a assistência na posição sentada, agachada. Uma das fotos mostrava uma profissional deitada no chão. O obstetra Renato Janone, do Núcleo Bem Nascer, deu entrevista para o ‘Saúde Plena’, do Portal Uai sobre o assunto. Abordou os benefícios do parto em posição verticalizada (de cócoras, semi-sentada, sentada na banqueta), numa posição fisiológica e natural.
"A fala de um obstetra carioca em um congresso no Rio de Janeiro de que seria humilhante para o médico sentar-se no chão para atender um parto repercutiu negativamente entre mulheres e profissionais de saúde que lutam pela humanização do parto no Brasil. Na ocasião, ele teria dito que não estudou por tantos anos para ficar no chão. Apesar de o nome do profissional não ter sido divulgado – e o motivo alegado pelas mulheres que aderiram ao protesto é o risco de processo -, a campanha #sentandoparaopartonormal tem ganhado cada vez mais adesão nas redes sociais. Além de colocar em pauta o protagonismo da mulher na hora de parir, a iniciativa também tem ajudado a informar a razão de a posição ginecológica não favorecer a evolução natural do trabalho de parto" (Saúde Plena)
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Segundo Renato Janone: “A palavra Obstetrícia é derivada do verbo latino obstare, que significa estar ao lado. E se preciso for, sentado no chão".
A fotógrafa e jornalista Kalu Brum (autora da foto em destaque) retrata Deborah, ao lado do companheiro, Diego, no momento do nascimento de Enzo, foto que ela tornou pública para divulgar o movimento.
Na foto ao lado esquerdo, Dr. Marco Aurélio assiste o parto de Flávia e Cristiano, ele se agachou para pegar o bebê que nasceu com a mãe quase em pé. Na foto à direita: tanto o obstetra (Marco Aurélio) como a doula Daphne se agacham com Luciana que estava para receber a filha Lis.
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