Relatos de parto

SARAH

Letícia & Fabrício

O parto é uma sensação única e um momento inesquecível que só quem passa por ele consegue entender o tamanho da mudança, da responsabilidade e da transformação de ser pais. Comigo e com meu marido não foi diferente, pois a partir desse momento a vida mudou completamente e para melhor.  
No último mês da gestação, as consultas com o Dr. Sandro passaram a ser cada vez mais frequentes e isso fez com que a minha ansiedade ficasse cada vez evidente. Com 37 semanas, começaram as contrações de treinamento e com 38 semanas comecei a perder o tampão, para mim foi um processo lento porque já estava querendo muito tê-la em meus braços e conhecer a sua carinha. A nossa última consulta foi em uma quinta-feira dia 31 de agosto de 2023, cheguei ao consultório acompanhada pela minha mãe e logo depois o meu marido Fabrício chegou. Ao me chamar, Dr. Sandro me examinou e disse o seguinte: “De hoje não passa viu, melhor de setembro não passa “. Ele sempre misterioso, fiquei sem saber se de fato era verdade.
Então, fui embora para casa sem sentir nada e almocei tranquilamente com minha mãe e meu marido. Logo após, minha irmã Gláucia me ligou chamando para ir a sua casa para me distrair, disse que estava perto da minha e que passava para me pegar. Enquanto isso, fui ao banheiro e percebi que havia descido um pouco de sangue, fiquei muito insegura em sair e mandei mensagem para o Dr. Sandro, relatando o que havia ocorrido e ele me disse que era normal. Resolvi então seguir para a casa da minha irmã, ao sentar no carro, devia ser umas 15h, veio de fato a primeira contração; naquele momento percebi que estava entrando em trabalho de parto. Em seguida, minha irmã retornou e me deixou de volta em casa e eu liguei para o meu marido vir ficar comigo.
Foi então que começamos a cronometrar as contrações que estavam cada vez mais frequentes, fiquei em casa em torno de umas 2:30h nesse período e o tempo todo em contato com o Dr. Sandro e a doula Mirian. Em um desses momentos, ele solicitou que eu fosse para o chuveiro e lá fiquei até o momento que tive um sangramento. Meu marido prontamente avisou o Dr. Sandro, que indicou que fossemos para a Maternidade da Unimed, nossa segunda escolha. Como já eram 17:30, o Waze indicava uns 40 minutos para chegar lá por causa do trânsito. No caminho, passamos em rua que estava fechada pelos universitários, Fabrício buzinou gritando: “Ta nascendo, estou com uma grávida”, para então liberarem a passagem. Ao chegar na porta da maternidade, umas 18:10, desci do carro e fui direto para a portaria e me deparei com o Dr. Sandro, já me aguardando. Nesse momento veio uma contração muito forte, olhei para ele e disse: “Dr. Sandro está doendo muito, quero anestesia!”. Imediatamente, entrei para que ele me examinasse para verificar como estava a minha dilatação, naquele momento estava com 6 para 7 centímetros.
A caminho da sala PPP, veio outra contração e novamente solicitei ao Dr. Sandro a anestesia. Ao chegar lá ele me apresentou a anestesista e me disse que ela já estava ali pronta para mim. Então, entrei no quarto e perguntei ao Dr. Sandro: “Está cedo para tomar a anestesia?“, ele me disse calmamente que a hora que eu quisesse tomar essa seria a hora. Logo então chegou a doula do hospital, a Paula, que me levou para o chuveiro e começou com as massagens. Depois veio a Mirian, que deu continuidade nas massagens com seus óleos e com muito carinho. Tentei nesse meio tempo ir para a banheira, mas o lugar mais confortável para mim foi o chuveiro, porque ficava mais fácil de fazer as massagens. Isso foi o que mais me ajudou a passar pelas dores, tanto é que acabei me esquecendo da anestesia. Quando estava no final do período das dilatações a dor já estava muito forte e foi nesse momento que solicitei novamente a anestesia. Mirian, prontamente pediu para chamar o Dr. Sandro para me examinar.
Calmamente, Dr. Sandro chegou na sala e disse que antes da anestesia ele precisava me examinar, quando fez o toque percebeu que eu já estava com 9 para 10 centímetros de dilatação. Naquele momento, veio uma contração e eu percebi que estava diferente das dores anteriores que eu estava entrando na fase do expulsivo. Então, Dr. Sandro me perguntou se eu queria a anestesia, acredito ter feito uma cara de incerteza como quem queria ajuda para responder e ele logo me disse que a decisão era apenas minha. Foi então que decidi não tomar e logo entrei na banheira para então receber a minha Sarah. Nesse momento, meu marido se juntou a mim e ficou me segurando na parte de trás, me dando todo carinho e apoio necessário naquele momento. Fiz diversas vezes a força de expulsão até a cabeça dela começar a apontar. Podia perceber a animação da minha mãe ao vê-la e o desânimo dela quando eu parava de fazer a força e a cabeça sumia, consegui até vê-la rezar. Depois de algumas contrações, às 21:07h, nasceu a minha princesa Sarah, da forma que ela quis vir e do jeito mais lindo do mundo.

 

 


Dito tudo isso, não poderia deixar de agradecer a todos os envolvidos no parto. A Mirian pelas suas massagens e pelas falas de sabedoria, ao Dr. Sandro pela sua tranquilidade, seu conhecimento e seu afeto, a minha mãe Lídia pelo seu amor, sua fé e suas orações e ao meu marido Fabrício pelo amor, pelo companheirismo, pela força e por sempre acreditar em mim.