Sessenta casais participam do Curso de Preparação para o Parto Humanizado

10/09/2015
As doulas do Núcleo tiraram as dúvidas dos casais presentes.

A presença de todas as doulas que trabalham junto aos obstetras do Núcleo Bem Nascer marcou a segunda edição do semestre do ‘Curso de Preparação para o Parto Humanizado’, realizado dia 9 de setembro na Associação Médica de MG. Elas abriram a noite com uma roda de conversa: Isabel Cristina dos Santos, Vanessa Aveline, Daphne Bergo, Rosana Cupertino e Lena Rúbia. As clientes do Núcleo tiveram a oportunidade de tirar dúvidas, expor seus anseios e saber exatamente qual o papel da doula na cena do parto.Na palestra de Dr. Sandro Ribeiro sobre ‘Plano de Parto’ ele afirmou que  há evidências da importância da doula como ‘um método não farmacológico de alívio à dor’, atuando com acolhimento, amparo emocional e utilizando técnicas como mudanças de posturas durante o trabalho de parto, massagens e ajudando a criar uma ambiência favorável.

“Fazemos massagens, respirações. Doula são duas mãos e um coração, mas levamos a ‘mala do gato Felix’, brincou, “Usamos  óleo para massagear, bolinhas, leque para refrescar, espelho para mostrar o nascimento para a mãe, coisas para prender os cabelos, bolsa de água quente, entre outros. Depende  de cada mulher, há mulheres que não suportam ser tocadas”, explicou Daphne Bergo.

Cerca de 60 casais participaram do Curso. Dr. Sandro Ribeiro, da equipe do Núcleo Bem Nascer, falou sobre o ‘Plano de Parto’, “um roteiro de viagem que leva a conhecer as possibilidades possíveis no nascimento do bebê”. Disse que o selo do Núcleo Bem Nascer é o parto seguro e respeitoso. “Nossa proposta é única, respeitar o parto, ter tranquilidade para admitir que pode ser fisiológico, só intervir quando foge do fisiológico”. A fisioterapeuta Sabrina Baracho falou sobre “Fisioterapia na Gestação”. Aguardem mais informações sobre as duas palestras e a íntegra do relato de parto de Anna Carolina Picancio, mãe do Tiago, que nasceu de cesariana; e do Lucas, de 29 dias, nascido de parto normal no banquinho, com a assistência do Dr. Sandro Ribeiro.

Com a palavra: as doulas

Cada doula traz um diferencial, uma formação diferente. Isabel Cristina é massoterapeuta. Falou sobre o papel da doula na gestação e no parto: “cada mulher tem uma demanda; na consultoria procuramos identificar os medos, as inseguranças e conversamos sobre isso.  Algumas têm medo de complicações durante o parto, de passar da hora e afetar o bebê, querem saber sobre episiotomia, fórceps, circular de cordão. Procuramos esclarecer e acompanhar a mulher, o casal, individualmente”.

A fisioterapeuta, professora de Yoga  e doula,Rosana Cupertino, falou sobre a circular de cordão: “Acompanhei um parto onde havia um nó verdadeiro no cordão umbilical. A natureza é tão sábia! Deus construiu nosso corpo de forma tão perfeita, o cordão é forte e flexível, gelatinoso. O batimento cardiofetal  não foi alterado e o parto transcorreu normalmente”.Respondeu a uma das perguntas das mulheres: até onde ir com o parto normal? “A equipe estará ali pra te ajudar e intervir caso necessário”.

Daphne Bergo disse que o ambiente ideal para o nascimento é com pouca luz e com temperatura amena. “Sem ar condicionado. O nenê não nasce berrando, nenê que nasce berrando está muito bravo. Ele vai para o colo da mãe, se manifesta, mas não berra”.

A dor é sua amiga

As doulas falaram sobre a dor, uma das maiores preocupações das mães: “a dor do abandono é que dói mais”, afirmou Isabel Cristina. A enfermeira Vanessa Aveline confirmou: “A dor é física, mas muito emocional. Existe, mas é potencializada pela bagagem que a mulher traz, influências das coisas que ouviu. A dor vem e vai, dá tempo de respirar. Com massagens, mudanças  de posições, técnicas de respiração, vamos tentando amenizar essa dor. A dor é sua amiga, ela é importante porque sinaliza que você está em trabalho de parto. Ela faz parte, você deve pensar, que bom que o bebê está chegando”. A psicóloga Daphne completou: “se aceitar a dor, dói menos”.

A professora de yoga, Lena Rúbia, falou sobre a episiotomia: “é um  corte no períneo, imagina-se que vai dar amplitude para a saída do bebê. A episio passa a ser desnecessária em partos verticais. A episiotomia já não é ensinada em vários países do mundo. Estudos mostram que as mulheres estão preparadas para parir sem episio”. Daphne deu as  dicas: “as posições vertical (cócoras),  de lado, ou de quatro, protegem o períneo”.

 

 

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